| Sinto cheiro de morte |

nada mudou

o senado ainda é corrupto

e o imperador continua insano

e todos os dias

é uma tensão nova de matança

linhas de provisão estão menos protegidas

mal por todos os lados

Eu posso sentir o cheiro da morte na sua carne

--rastejando

preso dentro dos dedos retorcidos do medo

e tudo que eu vejo é você

aquela face

aqueles olhos

queimando como lepra

Eu posso ver você lá

envenenando o ar

Nacionalismo prostituído

e eu quero atacar

arrancar seu coração

e vomitar um mundo de agonia e verdade

em sua doença pulsante de memória

... e o ódio guia nosso caminho

Eu desejo o tapa frio de um cinto nas minhas costas

para a aceitação de morte e guerra de caverna cega

o sono dado de depressão

a doce elucidação da agressão selvagem e sem sentido,

esculpido nos antebraços carnudos de Mãe Júpiter

e os discípulos escravos

nas barracas de harém - lá fora só

além do precipício - eu passeio

uma égua ciclope nos fogos de imaginação

alimentando minha doença

um rio de pragas

Eu preciso de algo para me lembrar que ainda estou pecando

aquela dor é importante

aquele palavra importa

aquela cura é possível

que eu não estou só... nisto

- proteja as casas

- triplique a atenção

- moças, desenterrem sua feitiçaria

- sereias, afiem suas pedras

... você comerá minha dor novamente

tudo que você precisa.

Luiz Torres
Enviado por Luiz Torres em 19/04/2008
Código do texto: T952492