Incompreensão
Parto-me em cacos invisíveis
Tomada de ânsias desconhecidas
O que caminha por estas veias?
Haverá algo de mim preso nestas teias?
Algum pedaço esquecido
Clamando por redenção?
Meus ventos perdidos, sem direção
Buscando um atalho, uma luz que me guie
Palavras que descrevam algo de mim
Pistas secretas em alguma poesia
Que me mostrem a verdadeira razão da vida
E qualquer felicidade que não tenha fim
Sonhos que não me pertencem
Vozes que falam tudo que eu não quero ouvir
Retratos que não mostram meu rosto
Amores que não me satisfazem o gosto
Pesadelos que me impedem de dormir
Não me reconheço no espelho
Quem eu sou? Quem sou eu?
Jogada aos cantos, presa em um corpo estranho
Tentando me compreender
Ao menos por um momento...