GOTA D'AGUA.
Desceu pelos teus cabelos
Uma gota d'agua.
Manhosa escorreu por tua nuca.
Deixou-te arrepiada.
Já aquecida
Não mais pelo banho
Em pleno assanho
Sentia a gota descer.
Dividiu-se em duas gotículas.
Uma desenhando-lhe os seios,
Descia mais ainda até o ventre fecundo.
A outra docemente
Acariciava-lhe o dorso
Descendo ligeira pelas costas.
A primeira delas
Seguia o seu caminho.
E já delirante
Você ofegante
Abria-se pra ela.
Descendo lasciva
Cobriu-lhe a virilha
Deslizou por sobre as coxas
Lhe fazendo tremer.
A outra gotícula
Agora abusada
Lambia-lhe as ancas
Despudorada.
Também pelas coxas
Fêz o caminho final
E as duas gotículas
Juntaram-se nos pés
Formando novamente
Uma só gota
Como fazem os amantes
Num só corpo fundidos.