Concerto da meia-noite

Não imagino um mundo

Como o que crio em meus pensamentos abstratos,

Largados na loucura

Do inexistente...

Fico feliz...contente

Com a ilusão ardente

de poder ser Deus,

E fazer de mim,uma criatura sem face

Um imperador de castelos de poeira.

Reconstruindo com as cinzas

Das minhas idéias riscadas

Muralhas,para que meus medos jamais entrem,

E lá ficarei atrás da porta

Vendo pelo vão entre ela e a parede

Se do outro lado não estou.

Pois a loucura que consome minha mente

Me faz acreditar

Na mentira que inventei,

Que para quê ter asas?se olhos tenho

Se silênciam meus lábios...as palavras

Se minhas idéias morrem sem ter nascido,

Se nem acredito na minha própria sombra,

Pois acho que é alguém me seguindo.

ou quem sabe tentando roubar as poucas certezas que tenho

que não são nem tão certas assim.

Insanidade ou normalidade excessiva reinam dentro de mim.

Acabou o vinho,acendo outro cigarro...

E tiro conclusões preciptadas

Desse ser sem farda

que nem a face parece o pertencer.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 16/04/2008
Código do texto: T948420
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.