Labirintos

Perco-me no labirinto escuro de mim,
subterrâneo de sentimentos já petrificados,
restos de saudade, escritos apagados...
Estilhaços de luz, esquinas que não se encontram,
sonhos meus assim, emparedados.

Perco-me nas ruas sombrias de mim,
estreitas e escuras, de sóis que nunca brilharam,
feitas de silêncio, ecos de diálogos inacabados,
e de espaços meus nunca antes visitados.

Onde darão estes caminhos que não findam,
e por mais que eu tente, deles não acho a saída?
Cantos escuros, caminhos truncados,
desertos de mim que deixei abandonados,
sinais trocados da minha própria vida.

Mote Poesia online 16/04