Tempos D'Outono II
Já não vejo o sol … tímido por detrás das nuvens...á minha volta, tudo me insulta...dou voltas ao céu, nada resulta...apenas as penas sobrevoam minha mente.
Será minha culpa ou será de alguma gente? - Faço parte desta sociedade, indolente...passiva...e crente!
Crente, sim...mal de mim! - Mal de nós...se não cremos... estamos sós!
Fervorosamente, creio! Nessa estaca em que me ateio...a Esperança, desata-me os nós; e passiva, crente e dolente...á beira do meu cais...em meus momentos e a sós...aguardo os bons ventos...num gesto de aliança, o tempo e o pensamento... Aguardam a bonança e as caravelas que a bom-porto...atraquem em segurança.
Se tudo o que o Homem quer, sonha e constrói...venha a lida! Que o sonho e a vida...completam a alma do Homem que dói! Se aquilo que sonha, faz acontecer, logo ao amanhecer de um novo dia...por detrás das nuvens...o sol sorrirá; e as penas que num circundar permanente, faziam marejar o olhar do Homem...levem-nas o vento, para bem longe! - Numa Estação sem volta;
Que o Amor revigore e floresça e cada pétala caída pouse na palma de minha mão, que sejam o antídoto, que cure esta síndrome no meu coração!
Cecília Rodrigues - 2008
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