AMAZÔNIA

Autoria de Regilene Rodrigues Neves

Pulmão de uma nação

Que sofre pelos vícios de materialidade do homem

Que a asfixia em seu vislumbre vil de ambição...

Não importam o que se perca...

Mas o quanto se ganha.

Nossa floresta de virgens encantos

Abrigo de pureza e rara beleza

Sangra mutilada pela devastação...

O preço: Será pago pelo futuro de uma geração

Que sentirá os efeitos contraditórios

De pessoas inescrupulosas

Perdidas na inconsciência dos desejos da matéria.

Amazônia

Cortina densa de uma alínea

Feita de SOS

Deixa-nos a sensação de impotência

De cuidar do que nos pertence...

Direitos e deveres

Escoam nos leitos dos rios...

As lágrimas serão sentidas pelo tempo

Nos filhos dos nossos filhos

Que talvez não vejam mais

Nascer flores,

Mas só os espinhos ressequidos da cobiça.

Pedidos se alastram

Homologados na consciência

Dos direitos humanos de sobrevivência...

Os deveres são imbuídos por guerreiros

Vestidos por uma luta de justiça

Soldados armados contra a violência dos devastadores

Tentando replantar raízes de um sentimento

Capaz de salvar nosso pulmão: Amazônia!

Juntos numa comoção de amor ao próximo

Damos as mãos aos desenganados de sonhos

De um lugar onde possamos respirar livres

De posseiros infiéis do nosso legado de terras

Onde avançam a esmo da destruição...

O amanhã quer respirar

O oxigênio das árvores

Que Deus plantou com amor,

Para nossa sobrevivência.

Ervas daninhas querem proliferar-se

Impedindo o sol de nascer no horizonte

Tremulando nas flâmulas

Do pulmão do mundo!

Sozinhos

Formamos uma ilha,

Mas juntos salvamos o nosso planeta!

Em 15 de abril de 2008