O espelho desigual

A cada um, o insulto merecido.

Se das bocas que beijam outras,

há vinagre e ervas mortas,

melhor é ignorar o desejo,

e seguir adiante.

Há de ser que um diz qualquer

sobre todas as convenções lamentáveis,

impere o que há de igualitário.

Porque a igualdade, mesmo assustadora,

existe, e não há como sufocá-la.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 15/04/2008
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