O espelho desigual
A cada um, o insulto merecido.
Se das bocas que beijam outras,
há vinagre e ervas mortas,
melhor é ignorar o desejo,
e seguir adiante.
Há de ser que um diz qualquer
sobre todas as convenções lamentáveis,
impere o que há de igualitário.
Porque a igualdade, mesmo assustadora,
existe, e não há como sufocá-la.