Sobrevivente
Prisioneiro dos próprios laços,
escravo de desejos adiados,
caminha meu corpo cansado,
arrastando-se por dias perdidos.
Mas minha alma irrequieta,
invisível às mentes grosseiras,
não se rende à escuridão.
O meu pensar me liberta;
sonhar me faz reluzir
o calor de uma paixão.
Navegando mais rápido que a luz,
estrelas e mundos visito e revisto
na procura de um canto seguro.
Hoje ou depois de amanhã,
uma eternidade talvez,
mas um dia acharei.
Melhor que fosse logo;
os meus olhos atuais,
breve é certo que fecharei.