etc...

Como podem

três letras minúsculas

abreviar o éter

e esposa,

ocultar o mundo

e tanta coisa?

Quem delegou

a elas

tanto poder?

Seu reino

sem fronteiras

abrange tudo

que não é citado

e todo aquele

não especificado.

E mais

e além disso

e por aí afora

fora os outros

e segue adiante

assim por diante...

Nada escapa

ao seu domínio

— o limbo escuro —

se não for nomeado

e clareado.

Todo furo,

com seu fascínio

se tapa.

Et Cetera

noutros tempos

nascida,

hoje e sempre

dá guarida

a sicrano, beltrano

e fulano de tal.

E nos serve

de jazida

ideal.

Para o bem

ou para o mal,

o mundo inteiro

no tinteiro

se resume

nas reticências

de um

etcétera e tal.

Etc,

etc,

etc...