entre as pernas

o lado podre das palavras

perfurava os olhos

como flechas

cegando sonhos miopes

desfazendo sorrisos palidos

promessas

juras

noites eternas

ficariam esquecidas

entre as pernas

entre as tantas

baguncas e badernas

perdidas no fundo

do meu peito

amargurado

medroso

sufocado

pela maldade sem fim

desse amor

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 13/04/2008
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