TANGO FANTASIA - "LA CUMPARSITA" ( Com vídeo-poema correspondente em You Tube )

ÚLTIMO TANGO DA NOITE - Homenagem à Musa e Poetisa "AÇÚCENA"

Ó linda bailarina

Vejo-te em sonhos dançando.

Antes aparecias como uma menina

Em um palco iluminado

Por luzes amarelas

Do “ballet”

Clássico.

E

Vias terminar

O espetáculo num rodopio

Fenomenal,

“Sem igual”.

Na juventude

Via-a radiante e cantando,

Num palco maior,

Um teatro

Como uma

Soprano.

Na minha idade varonil

Te vias esplendorosa como uma rosa

Formosa num grande salão

Dançando com saias

Esvoaçantes

Ora

Sambando

Ou nos encantando

Sob acordes de Músicas

Nacionais brasileiras.

“ Xaxado, merengue, forró,”

“Salsa” e até “lambada”.

Em todas

Apresentava-nos uma característica

Particular.

Própria de tua pessoa

E do sangue latino,

Que lhe ferve nas veias,

Então, requebravas,

“Com um quê de brasilidade”,

“Com muito tempero e gingado”

Com muita sensualidade.

Mas sempre, eras uma

Mulher bela e charmosa

Como uma rosa

Amarela.

Noutras horas,

Sempre esplendorosa,

Eras símbolo da paixão

Vestida num longo vermelho

E tendo nos cabelos

Uma flor

De igual

Cor.

Mesma flor

Lindíssima rosa

Amarela, cor do amor

E marcada com o vermelho da paixão

Extasiante que sentias e

Com a qual marcaste

Num beijo sensual

O carmim

Da tua

Boca.

Ao dançares

Não sabíamos ao que olhar se na flor

Sobre o piano ou ao teu corpo

Escultural.

Se nos teus passos,

Ou em tuas Pernas

Tão

...

Ou nas pétalas que caiam

No passar dos dias

Uma

A

Uma

Em sentida melodia...

Até que um dia

Vimos a última pétala

Desprender-se do verde graveto

Esvoaçar pelo salão

E, agora te revemos

Flutuando por este salão

Encantado de poemas-de-amor.net

“Elevando-se às alturas”

“Rodopiando ao som de Strauss”

“Saltitando os bosques de Viena”

E ressurgindo

No “Lago dos Cisnes”.

Com o graveto entre os dentes

Como uma gata,

Uma pantera guerreira,

Como a mulher

Brasileira.

Agora a

Meia idade

Entras para arrebentar

Corações.

Num longo

Vestido de cetim

Com as costas desnudas

Com um racho

Lateral

E sempre

Paras com o branco do marfim

De tuas coxas em meus olhos

Na frente da minha mesa

E se oferecendo

Com os olhos

Para mim.

Levanto,

Estendo meus

Braços,

Arrebato-lhe num abraço,

Do teu par.

Entrelaço e te guio,

No som de um tango,

Pelo salão e tu danças

Como nunca.

Eu danço.

Sinto o

Ao final,

Teu suspirar,

O tremor de teu corpo

Colado ao meu e até o palpitar

Do teu coração.

O cheiro suado de teu perfume

Extasiante e inebriante

E sussurro em teu ouvido

“Yo ti quiero”

E responde-me:

“Abrazzami assi".

E,

Saímos do

S a l ã o...

Ao som do tango:

“La cumparsita”... ("Os versos entre aspas foram extraídos da poesia,

"CONTIGO EU DANÇO, de CARMEM LÚCIA)

- com a devida autorização -

NB.: Vídeo Poema correspondente em YOU TUBE,

http://br.youtube.com/watch?v=u_Ac8q9__Ng

Dirceu Marcelino
Enviado por Dirceu Marcelino em 13/04/2008
Reeditado em 13/04/2008
Código do texto: T944098
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