A BUSCA ETERNA
Ainda hoje eu a procurei
resgatar pelos cantos da memória
nos arquivos das nossas histórias
nos meus devaneios a busquei.
Remando nas calmarias da imaginação
naveguei ate lhe encontrar
mas nas torrentes do inconsciente
não a consegui visualizar.
Os anos que andaram nesta estrada
sinistramente rápido se passou
propositadamente deixando suas marcas
apagadas de nossa história, é o que restou.
Arrasto, garimpo, com as peneiras do meu passado
seu rosto ainda o tenho em minhas mãos
sua boca trago como marcas na alma
suas saudades me enternecem, mas, não me acalma.
Tento pinta-la e retrata-la no hoje
em aquarelas de várias formas e cores
não consigo, é um passado distante
a flor meiga de meus pensamentos errantes.
Talvez o tempo intrigante
que nos afastou um dia
corrige nossas estradas vagantes
de dois já velhinhos ternos e intrigantes.