POEMORQUÍDEA

Das mãos de um anjo do sem-fim

ganhei uma flor de rara beleza,

na plenitude da sua pureza.

E a poesia floriu em mim ...

Cultivada num caule qualquer do jardim,

com recato no trato e delicadeza,

exibe uma grande singeleza

nas pétalas brancas salpicadas de carmim.

Está presa em meu peito, do lado direito,

encantada, sem tempo de fenecer.

Chegou-me de um jeito perfeito,

logo depois de enflorescer.

Veio envolta em delicado sentimento

nascido de um momento sem tema.

Tão linda quanto rara, é frágil acalento

mas viverá sempiterna, aqui, neste poema.