Imobiliário!
Tanto fizeram para chutar os blocos dos outros,
Que sentaram firme no próprio tijolo,
Culpam todo mundo pela própria insolvência,
Castigam a lama que assentam suas tábuas,
Tabuada completa tirando milho da praça,
No charque da chuva ácida que satélite explode,
Roça o dedo que coça para mais uma fábrica,
Qual das armas dispunham para a próxima venda,
Soca os mais pobres para novos lodos atrelados,
Farelo da prepotência com a iconoclastia cega,
Prédios que explodem para explorar até o Haden,
Buraco na montanha para guardar alguns grãos,
Nave sofredora com a oferenda malograda,
Desalinha a roda do tempo com a rosa, ventos,
Míngua de água que saliva a língua tão gasta,
Tanto fizeram chutando os blocos dos outros,
Que esqueceram a vaselina ao sentar no próprio,
Tijolo que mal sustenta as tábuas sem solo,
Sinfonia brusca que a inconveniência espanta,
Vão comer torpedos até cariar os dentes,
Roletes de metal mal-passados, whisky fraco,
Quem sabe, algumas batatas!
Peixão89