"EU"
(te dedico)
Num certo momento,
de um dia qualquer...
Sem prévio aviso
assim, de repente
- além do juízo -
se forma o Tormento.
Minha alma se fecha,
se isola do mundo:
- O eu mais profundo
está em revolta,
a tudo assola,
não quer mais pensar...
Uma ausência me fita,
mas não é de alguém.
É algo que grita,
memória aflita
de algum lugar
- mas dentro de mim !!
Parece um abismo.
Me deito e cismo...
Ali fico, ali gemo,
perdido, sombrio,
sozinho e com frio.
Terei algum gêmeo?
Tantos porques,
O onde e o que
E a dor dos cades...
Mergulho no poço,
me quedo no fosso
esperando passar...
Dentro da vala,
tudo é um breu!
- Não há nenhum deus?
O horror me cala,
o silêncio é que fala,
e NADA é mais meu...
Até que eu volte a ser Eu !!
*********
Silvia Regina Costa Lima
3 de abril de 2008
*********
*Tela de William Turner: Snow Storm - Steam-Boat off a Harbour's Mouth (1842) - Obrigada, friend, por este presente lindo e por enriquecer minha vida com coisas tão belas e novas para mim.
(te dedico)
Num certo momento,
de um dia qualquer...
Sem prévio aviso
assim, de repente
- além do juízo -
se forma o Tormento.
Minha alma se fecha,
se isola do mundo:
- O eu mais profundo
está em revolta,
a tudo assola,
não quer mais pensar...
Uma ausência me fita,
mas não é de alguém.
É algo que grita,
memória aflita
de algum lugar
- mas dentro de mim !!
Parece um abismo.
Me deito e cismo...
Ali fico, ali gemo,
perdido, sombrio,
sozinho e com frio.
Terei algum gêmeo?
Tantos porques,
O onde e o que
E a dor dos cades...
Mergulho no poço,
me quedo no fosso
esperando passar...
Dentro da vala,
tudo é um breu!
- Não há nenhum deus?
O horror me cala,
o silêncio é que fala,
e NADA é mais meu...
Até que eu volte a ser Eu !!
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Silvia Regina Costa Lima
3 de abril de 2008
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*Tela de William Turner: Snow Storm - Steam-Boat off a Harbour's Mouth (1842) - Obrigada, friend, por este presente lindo e por enriquecer minha vida com coisas tão belas e novas para mim.