Não há nada mais livre que o poema...

Como um rio que corre mansamente

Para, lá na frente, em cachoeira,

Despencar-se, espumante e fremente,

Assim também me transformo, sem que queira:

Sou alma que quase sempre flui calmamente

Para, de súbito, traído pela emoção traiçoeira

Por te amar, encachoeirar-se tremente...

Eu te busco em toda parte

Numa estrada de um solitário versejar!

Ah! Sei que tenho tão pouco para dar-te...

Mas, te faço versos e para ti refaço o caminhar!

Tal amor, talvez perdido, me inspira a sutil arte

De traduzir em versos esta paixão. E não me podes censurar,

Pois o poema é livre, e no poema eu posso amar-te!

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 07/04/2008
Reeditado em 13/09/2008
Código do texto: T934721
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