Empregadinho!
Fez da curva do tempo uma lágrima,
Madeira corada na falta que faz,
Tira da boca mais do que bem pode,
O pouco que entra para arrumar a vida,
O relógio aponta muito além do horário,
Conversas cansadas por tempos difíceis,
Até se espantam para quando se diz não,
Como se o sim fosse a única prerrogativa,
Não sentem na pele a força da solidão, não,
Mal enxergam aquilo que de fato se precisa,
Ah! A minha vez pode esperar, sempre espera,
Como se a obrigação é por esperar mesmo,
Não seja apressado, é o que se escuta,
Você quer tudo na hora, quando se insiste,
A possibilidade de abrir a porta cria um pânico,
De primeira, pensam: você não vai mais me ajudar,
Quem vai fazer as suas coisas agora, e...
Mas, espera ai, não estão esquecendo nada,
O amigo do Zorro também tem vida própria,
Guardadas as devidas proporções, um caminhão de contas,
Também, um certo gosto por diversão & descanso,
Ah! Sim, você é apenas um...
Peixão89