COISA ESTRANHA.
Que coisa incontida é esta
Que vem do peito
Formigando os dedos
Que nervosos não param
E procuram em desepero
O meu teclado.
Que coisa incontida é esta
Que me faz acordar sonhando
E sonhando vou caminhando
Pro computador.
Que coisa incontida é esta
Me diga alguém
Mais entendido do que eu
Nas coisas da vida.
Que coisa incontida é esta
Que divaga e cria
Sem preconceito cria
Sem vergonha cria
Sem pudor cria
Sem pretensão também cria
Aquilo que escrevo aqui.
Que coisa incontida é esta
Que explode
Que invade
Que me expõe em versos
Que lidos já não são meus
Porque a obra de quem escreve
É como filho órfão
É de quem a acolheu.
Que coisa estranha é essa
Que de tão bela
Me eleva
E jão não sei mais
Se sou eu...