COISA ESTRANHA.

Que coisa incontida é esta

Que vem do peito

Formigando os dedos

Que nervosos não param

E procuram em desepero

O meu teclado.

Que coisa incontida é esta

Que me faz acordar sonhando

E sonhando vou caminhando

Pro computador.

Que coisa incontida é esta

Me diga alguém

Mais entendido do que eu

Nas coisas da vida.

Que coisa incontida é esta

Que divaga e cria

Sem preconceito cria

Sem vergonha cria

Sem pudor cria

Sem pretensão também cria

Aquilo que escrevo aqui.

Que coisa incontida é esta

Que explode

Que invade

Que me expõe em versos

Que lidos já não são meus

Porque a obra de quem escreve

É como filho órfão

É de quem a acolheu.

Que coisa estranha é essa

Que de tão bela

Me eleva

E jão não sei mais

Se sou eu...

jose antonio CALLEGARI
Enviado por jose antonio CALLEGARI em 02/01/2006
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