Na Igreja
Na igreja da minha aldeia
tocam os sinos
badalam as almas
em corpos inocentes
entre nuvens sorridentes
Tocam os sinos
soam as horas
no campanário
da minha aldeia
com sorrisos do astro rei
Badalam os sinos da minha aldeia
é o acordar
da gente simplória
por jardins verdejantes
que ainda estrebucha
na cama meio atordoada
sonolenta
Retocam os sinos da silvestre aldeia
repicam os sinos
para o despertar
de mais um dia
de trabalho de suor
de desespero
por um trabalho
árduo febril
Tocam os sinos da minha aldeia
as crianças
lá vão para a escola
com a sua escassa bucha
para o intervalo das aulas
Repicam os sinos da minha aldeia
todos correm
por ruelas tranquilas
que têm de fazer
Trabalho penoso
Soa o badalo da minha aldeia
tocam os sinos
entoam o tempo sem parar
enquanto uma enxada
penetra na terra
fértil
enquanto as crianças
brincam nas ruelas
soletram
as primeiras letras
b a ba
b o bo
Tocam os sinos da minha aldeia
a enxada continua
a trabalhar
com aqueles braços
musculosos
de homens famintos
olhos vidrados na esperança
pela sobrevivência
Badalam os sons
O Sol põe-se
atrás dos montes
da minha aldeia
triste ao olhar
as sombras
dos que se deslocam
fatigados suados
com passos indecisos
enfraquecidos
pelo brutal trabalho
de Sol a Sol
Na igreja da minha aldeia
tocam os sinos
em dias primaveris
enquanto naquelas
casas se comem
côdeas de pão
embebidas em vinho
com o suor a escorrer
nas veias daqueles pobres
homens mulheres crianças
Repicam os sinos da minha aldeia
Soam as horas implacáveis
no campanário
no largo da igreja
agora adormecida
na sonolência do pecado
perdoado
com o luar observador
atento
Toca o sino
E adormeço eu
Na plenitude do meu beco
Fechado para a eternidade.
Na igreja da minha aldeia
tocam os sinos
badalam as almas
em corpos inocentes
entre nuvens sorridentes
Tocam os sinos
soam as horas
no campanário
da minha aldeia
com sorrisos do astro rei
Badalam os sinos da minha aldeia
é o acordar
da gente simplória
por jardins verdejantes
que ainda estrebucha
na cama meio atordoada
sonolenta
Retocam os sinos da silvestre aldeia
repicam os sinos
para o despertar
de mais um dia
de trabalho de suor
de desespero
por um trabalho
árduo febril
Tocam os sinos da minha aldeia
as crianças
lá vão para a escola
com a sua escassa bucha
para o intervalo das aulas
Repicam os sinos da minha aldeia
todos correm
por ruelas tranquilas
que têm de fazer
Trabalho penoso
Soa o badalo da minha aldeia
tocam os sinos
entoam o tempo sem parar
enquanto uma enxada
penetra na terra
fértil
enquanto as crianças
brincam nas ruelas
soletram
as primeiras letras
b a ba
b o bo
Tocam os sinos da minha aldeia
a enxada continua
a trabalhar
com aqueles braços
musculosos
de homens famintos
olhos vidrados na esperança
pela sobrevivência
Badalam os sons
O Sol põe-se
atrás dos montes
da minha aldeia
triste ao olhar
as sombras
dos que se deslocam
fatigados suados
com passos indecisos
enfraquecidos
pelo brutal trabalho
de Sol a Sol
Na igreja da minha aldeia
tocam os sinos
em dias primaveris
enquanto naquelas
casas se comem
côdeas de pão
embebidas em vinho
com o suor a escorrer
nas veias daqueles pobres
homens mulheres crianças
Repicam os sinos da minha aldeia
Soam as horas implacáveis
no campanário
no largo da igreja
agora adormecida
na sonolência do pecado
perdoado
com o luar observador
atento
Toca o sino
E adormeço eu
Na plenitude do meu beco
Fechado para a eternidade.