"O CERCO"
(série Cinismo n. 7)


Além dos silêncios,
e na escuridão da noite,
feito açoite, feito castigo,
nocivo, sem um abrigo,
chegas - como inimigo.
E tomas posse,
ignorando meu "não".
Eu luto e me agito
não imploro não!

Mas ela vem,
a Paixão de Amor,
e levanta o cerco ...
Eu perco. 

Fraca, sem aliados,
deixo a faca,
rendo-me ao assalto,
e meu reino entrego
ao salteador!

"Fico tão sem ação"...
Pois tu,
meu corsário
- tão uno e tão vário -
me reparte em cortes...
Vem o teu beijo
que endoidece,
pois ele cresce,
se arrasta,

e forte


desce... sobe...
então, com medo,
e
sem
aporte,

a ti
cedo
meu sul,
e também
o meu norte.

afff ... que sorte!!!

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Silvia Regina Costa Lima
2 de abril de 2008
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 05/04/2008
Reeditado em 18/05/2009
Código do texto: T932320
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