NOVO DESTINO...
No coração uma ferida que sangra...
Na mão uma pena e um pergaminho...
A alma a vagar sem destino...
Ao vento são lançadas dispersas palavras...
Que levam em seus entremeios a saudade...
É o expurgo das dores retidas...
Dos tempos idos...
Dos sonhos vividos...
Amores perdidos...
Prazeres realizados...
Brotam dos olhos lágrimas de sangue...
A incerteza acerca-se...
Afligindo ao insone coração...
Neste breve momento...
As palavras brotam no papel...
É a vontade crescente de escrever...
Que domina a mão...
Que traduz no papel...
O passado ido...
As ilusões esquecidas...
É lançar ao papel a saudade que corrói a alma...
Uma forma de expurga – lá do peito...
É o recomeço de um novo caminho...
De um novo tempo...
É hora de tornar os sonhos...
Retirá-los do papel...
Traçando o novo destino...
(Ocram 31/03/04)