OS DIAS PASSAM
Não espero que Ninguém me respeite
Existe sangue nas veias de Alguém
A força do vento sopra as idéias do Saxo
Um grito no espelho traz uma flor de plástico
Aperte uma e outra vez ao Pato
Juntos chegaremos a confiar no reflexo
e os dias passarão cheios de glicerina
Os dias passam.
Ainda que fale com meu joelho
Ainda que pense que te farei rir
Sigo o passo dos exploradores e das abelhas
comendo uma maça azul ao borde do abismo.
Há um lugar na memória onde cresci, há um lugar na fotografia de minhas arrugas.
Quem são eles para dizer o que esta ou não correto
Quem são as mentes que roubam a imaginação dos doentes
Se Ninguém falou com Alguém que o Saxo tocou ao Pato
como será que ainda, com as pétalas caídas em lágrimas perdidas, não deixamos de pensar
Os dias só passam
p.s: texto original escrito em espanhol e publicado no Chile.