DE FRAQUE

Um fraque imponente

preto como o petróleo

veste o pinguim,

valente, garboso

mas anda como Carlitos

Porém,sem cartola, sem bengala

Ergue o bico para olhar o céu

escapar da vertigem ciscusnpeta

da monotonia antartica

Branco é o gelo, mas paz não é

O pinguim não plana alto

não migra com a andorinha

não sonha como a gaivota

ele nada, apenas nada

Contempla abobalhado a imensidão azul

o reflexo do céu na agua

Por segundos pensa ser livre

Dentro do seu fraque chora,

pois tem asa e não voa

tem pena e quer ser peixe