O Vinho...
Sangrem vinhas meu destino,
a dor que trago no peito…
O vinho ... meu desatino,
dela não estar no meu leito.
Choro vinhas desespero,
porque seu corpo preciso;
Dai-me o vinho que eu quero,
triste homem ... somente isso.
Copo de vinho que é nobre,
já feito … para eu esquecer;
Este coração, que é pobre,
pois nem merece viver…
Vinhas danadas ... que é vida,
escorrem poemas na mão…
A mulher minha querida
... nunca será ilusão.
Chamo então louco no vento,
já ébrio cambaleando…
Quero acabar com o tormento,
de apenas ficar sonhando.
Esse róseo corpo teu,
doce leite dos teus seios…
Os lábios que Deus te deu,
a ternura dos teus meios.
Dane-se vinha malvada,
preciso estar a teu lado…
Quero-te por mim beijada,
ó mulher ... que és o meu fado.