Terras Bravias 


Há um odor a pão no tempo breve
na caleira do tempo na escuridão
da macieza do estilo popular
em campos regadios de luar 

Que fecunda a raiz da madrugada:
do calor de sabor alentejano
por trigais doridos em escarpas
na plenitude do trabalho 

Inflama a luz como fornalha acesa
dos tempos tresmalhados
na secura de terrenos prenhes
de homens na sonolência 

No corpo da manhã o pão crescendo
de terras ingratas nas planícies
de suor e pesadelos conhecidos
na imensidão das culturas amarelecidas 

pelo vento suão no amanhecer de um povo.

pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 02/04/2008
Reeditado em 17/01/2010
Código do texto: T928504