Inocência Roubada
Inocência Roubada
Zanna Santos
Rasgou-lhe o véu,
Contemplou a sua face,
A despiu,
A maculou,
Roubo-lhe o semblante angelical.
Violado foi o selo,
Pois ao tocar-lhe os seios,
Todo corpo o entregou.
Virgem desnudada;
Poço de Lamentação;
Outrora com sonhos encantados,
Alimentava seu coração.
Símbolo de vergonha,
Um cântico agonizante entoa,
Clama por seu amado,
E não é mais a voz de um anjo...
Que ressoa!