Limites
A dor agora é ínfima;
Minimamente restrita ao temor do caminhar
no escuro, sem enxergar o obscuro
antes de tatar o infinito
e assim sendo descobri-lo.
Manusear o ego diminuído.
Apalpar os limites seus,
sem a eles admití-los.
Esconder dos outros seus próprios temores
sobre os rumores de seus limites.
Limites estes expandidos
pela coragem de seguí-los.
Enfrentá-los e diminuí-los.
Seguir em frente evitando olhar para traz
para seus antigos limites não recordar
e novos limites poder criar,
olhando a frente sem parar de caminhar,
encarando a dor e o pesar da vida que ao passar
destroços e feridas sempre faz deixar.
Mas as dores passam
e os pesares suportamo-los e empurramo-los até onde pudermos.
E que o possamos arrastá-lo até o fim dos nossos caminhos.
E nossos caminhos serão finitos
mas que nossas vidas não sejam em vão.
E perpetuaremos em nossos filhos
e nas criações que a eles dermos,
e até os que não se procriarem,
que na lembrança de seus amigos queridos possam se perpetuar.
E que de bom algo possamos passar
para que os limites de nossa existência não possam limites aceitar.
E eternos possamos nos tornar.
Pablo M. Rodriguez