Sete de abril
Pelas ruas da cidade
Vago
Sem destino aparente
Ando calma e sem pressa
E posso ver a rua andando
Muito mais veloz
Rua paulista
Estreita
Apertada no centro
Rua composta de pessoas
Muito mais do que de asfalto
Com suas lojas
Seus locais únicos
Seus locais iguais
Seus espaços imundos
Seus espaços puros
Seus pedaços ricos
Seus pedaços simples
Uma placa
Um homem-placa
Vende-se, compra-se
Realizam-se sonhos
Chego enfim ao meu destino
Passo pela catraca
Enterro-me
Subterrâneo móvel da cidade
E não sinto mais
A rua passando por mim.