Cadeira de balanço 

De Meriam Lazaro
Para a Celina Figueiredo



Neste balanço do tempo
Não se coloque comigo,
Preciosa saudade somo
De longo sonho vivido.

Perdido está o outono,
Branco ponto de orvalho.
Até o inverno oblíquo
Entrevejo dissimulado.

Sei que partir não quero,
Qual cisne em lago longínquo
Banho-me tão solitário
E a quinta estação protelo.

Gosto da vida e me embalo
Em ânsia de paz e em fé caminho,
De tanto amor e cuidado
Que desta cadeira contemplo.

Dos olhares flor eu colho
E o canto do passarinho
Enternece-me o sentido
Que desta aurora tinjo.

~*~

Imagem: natribo.com.br (Orquídeas lilases)
meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 02/04/2008
Reeditado em 05/03/2010
Código do texto: T927492
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.