Bandido
Em meus dias há um bandido
Que chega faceiro
De mansinho, todo treteiro
Leva sonhos, leva vontades
Na minha sanha, na minha bondade
Oh doce e esperto bandido
Devolvas o que me roubastes
Nas horas que passei a enamorar-te
Sonhando tua liberdade
Oh doce e cruel bandido
De mim tenha piedade
Entregue meus planos perdidos
Quando por ti devaneio
Venha peço-lhe, correndo
Bem depressa, sem rodeio
Suprir minha alma carente
Com teu som aveludado e apito estridente
Oh doce bandido
Que passas sempre na hora marcada
Levando consigo carga sempre variada
Do minério ao cimento
Leva sonhos, traz alento
Quando passas por minha janela.