Eu bem sei, dos meus cem anos

Podem haver grandes,

expectativas.

Haverão outras tantas,

vivências nocivas.

Esta é a vida,

eu bem sei.

E você também,

sabe,

que muito se quer,

e por vezes,

pouco se têm.

Eu bem sei,

que sobre tudo,

não saberei.

Os cem anos,

que não viverei.

Me fazem querer,

um pouco daquilo,

e disso também.

Eu bem sei,

que um dia começa,

quando o outro,

termina.

Mas,

o findar da vida,

me parece poesia.

Os cem anos,

que passarei,

mesmo que viva,

dez,

cinqüenta,

talvez...

...Eu bem sei,

que as estrelas,

brilham para mim.

E as nuvens,

são feitas de algodão,sim!

Se dissipam,

e fazem gotas,

que trazem a nós,

inspiração.

E no meu sempre,

cotidianamente,

faço de um dia,

comum,

valor,

para os cem anos,

que não sei,

se viverei.

Eu bem sei,

que preciso ser assim,

um pouco mais,

dono de mim.

O tempo,

corre,

e escorre,

por entre minhas mãos.

Que cedo ou tarde,

gélidas, se tornaram.

Sou escravo do tempo,

mas nele não penso,

os cem anos,

viverei,

a cada dia,

meu despertar,

e o calar do tempo,

que lento passará,

para que eu possa,

me deslumbrar,

fazendo de pouco,

um centenário,

perfeito.

Sem tempo,

e de grande intento.

Onde memórias,

hão de ficar.

Os cem anos,

vividos,

em um piscar,

intenso, de maneira,

que só conhece,

aquele,

que em vida,

só,

fez amar.