meu cais

debruçado

na sacada

da varanda

do meu peito

olho em volta

insatisfeito

e na paisagem

que eu vejo

falta a imagem

do amor

do desejo

dos abraços

e beijos

que devem ter sido

levados

arrastados

pela correnteza

de lágrimas

do rio escaldante

da tristeza

e da saudade

que desagua

fulgas

no imenso

desamante

e infinito

mar de mágoa

que banha

todo dia

o meu cais

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 30/03/2008
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