eternizado

devagar

o lencol deslisa

teu corpo abaixo

tuas costas nuas

tuas curvas

minhas maos passeiam

minha lingua te arrepia

meus dedos te incendeiam

uma brisa fresca anuncia

o fim da madrugada

ainda e' muito cedo

teu olhar surpreso

de mal acordada

a culpa e' tua

de ser tao desejada

nossos instintos

mais primitivos

estremecem o quarto

o amor acontece

o quanto antes

apressado

como se estivesse

ha' muito tempo guardado

os primeiros raios de sol

aquecem a cama

em chamas

teu corpo inerte

pulsa

ofegante

reclama

o tanto que precisa

mais do meu amor

amante

e apesar de todo cansaco

tudo recomeca num abraco

a luz da lua

se reflete

nas gotas de suor

nossas marcas

vao ficar nos lencois

encharcados

nossas marcas

vao ficar em nos

nos nossos corpos

marcados

todo amor e' eterno

todo amor e' para sempre

todo amor e' sempre

eternizado

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 30/03/2008
Código do texto: T922911