andor

sorte tenho eu

que sei da tua boca

e tudo o que ela me faz

eriçando meus pêlos

mais quietos

atendendo aos meus apelos

mas discretos

despertando

meus desejos mais primitivos

realizando meus sonhos

mais secretos

sem a tua boca

eu já não vivo

eu vegeto

sorte tenho eu

por escrever um poema

das nossas intimidades

das nossas cenas

de quando deixas

meu corpo calmo

minha alma plena

sem castidade

meus musculos retesados

meus sentidos

mortos

cansados

e meus olhos fechados

quando eu te desejo mais

quando eu te peço mais

da tua boca

dos teus beijos

de quando deixas

minhas atitudes loucas

desconsertadas

desconsertantes

idiotas

naqueles instantes

de sensações remotas

logo depois do amor

coisas que só acontecem

aos grandes amantes

sorte tenho eu

que carrego esse andor

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 30/03/2008
Código do texto: T922891