Chove tanto em Março !
poemas colidem sem espaço
no chão encharcado de Março
das chuvas tão molhadas
telhados cobrem pensamentos
emoções ligam luzes ,reflexos de lágrimas
sinais borrados ,disformes imagens
em vidros embaçados
nos braços de olhares cruzados
as letras no teclado
enganam os dedos da magia
falam de paraísos perdidos
páginas confusas ,arrancadas
dilaceradas almas em gotas
bóias marcam o caminho dos sonhos
esperam o calar das chuvas
o ruído dos trovões
as tempestades da solidão, das paixões
deixando livre o tempo acontecer
até o sol aparecer dando vida
a torrente de poesias varridas ao vento!
29/03/08
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