Segundo sentido
Perfume de rosas
Azaléias e folhas
Regadas do orvalho misterioso da noite
Cheiro de fogo
Fumaça levanta
Os olhos irrita, à mente também...
Perfume que exala
Do cabelo, da blusa
De quem me quer bem
Cheiro de chuva
Que chacoalha meus pensamentos
Ou me faz adormecer
Cheiro de pó
De coisa guardada
À tempos varrida, me faz espirrar
Perfume cafona
Que a avó sempre usa
Mas que nos acolhe como ninguém
Sentido especial
Esse tal de olfato
Que não vê, mas faz ver
Que não come, mas atiça o paladar
Que não toca, mas nos faz lembrar
E sentir.