Diálogo II
Laços desatados pelo passado
Um fantasma a me rodear
Ameaçando a todo o momento
Minha calma, meu pensar
Ao ver-te como num vulto
Vem uma força em desembaraço
E sobre tua face me vejo
Lamentos e lamúrias te faço
Durante um súbito momento
Recordações nos memoravam
A nostalgia diante de nós
Sorrisos me inebriavam
Pensei que fosse não conseguir
Tamanha era minha inquietude
A voz trêmula mal podias ouvir
Pois eloquência não me é virtude
O que virá depois não sei
Até prefiro assim...
Mas aquela manhã talvez indistinta
Trouxe a primavera em meu jardim...