O LAVRADOR

Ainda de madrugada

Levanta-se o lavrador

Para sua terra sagrada

Ir cuidar com valor.

Da alvorada ao anoitecer,

No suor do seu rosto,

Trabalhando por gosto,

Ao frio ou ao calor,

Vai a terra revolver.

Para poder plantar,

Para poder semear,

Para tirar alimento.

Embora no momento

Ninguém lhe dê valor.

Lá vai o lavrador

Á sua lida costumeira

Tratar à sua maneira

A terra que Deus deu.

O homem que é rico

Mais o homem político

Desprezam o lavrador.

Ao trabalho não dão valor.

Mas ele justo e reto

Curvado ou ereto,

Á força do seu braço

Tira do solo alimento,

Que o rico não despreza.

E que seria bem escasso

Se o pobre lavrador,

Na sua triste pobreza

Ou em orgulho seu,

Parasse de trabalhar

A terra que Deus deu!

Victor Alexandre
Enviado por Victor Alexandre em 29/03/2008
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