MONOTONIA
Sonhos perdidos no espaço,
ideais finados se esvaindo
na fumaça do tempo.
Nenhum castelo a se erguer
nas ruínas do passado.
O quotidiano
alienante e monótono
preenche o meu outono.
Apenas uma que outra vez
um raiozinho de sol
vem-se mirar na gota de orvalho
de folha ressequida
que a mãe-terra amparou.
( BH l986)