ROMÃ
Súbito, a mulher acorda sol
e teu sorriso vira pássaro
mar afora,
para deleite nosso
- corsários
nas areias perfumadas
das festas loucas
que a aventura inspira,
e que conhecem
na tabuada do sublime
a ninfa vestida pela sombra
Minha lágrima é um peixe
ao te ver dançar
na magia tônica
dos sentidos sem nome
flamejando navios-fantasma
nos sonhos bárbaros
- aqueles ouvidos nas flores.
A hora de celebrar: a manhã
dispara salvas orquestrando Gêneses,
aos teus pés o céu é um pomar
de frutos desenhados pelo canto
dos faisões dourados,
e se acendemos fogueiras
o infinito permanece azul
cortante
como o enigma da passagem tua
semente de uma romã
plantada pelos deuses do mar