vem do nada
poema aleatório
vem do nada
e vai a lugar nenhum
é respiratório
extravasante
comum
expele fragmentos
de sons
de palavras
de momentos
ruins ou bons
ou que nunca tenham acontecido
ou que tenham sido recolhidos
no inconsciente do poeta
insistente
esteta
que faz versos inconsistentes
indolentes
indolores
que podem contar das dores
da perda dos amores
ou simplesmente falar de flores