alento

um alento

um sopro de vida

uma brisa

um vento

uma noite

de um ceu de estrelas

que amanheça em sol

ou que pelo menos amanheça

e essa dor

que não me esquece

me esqueça

por alguns momentos

por alguns segundos

ou que não doa tão fundo

na alma

que ao menos

doa com calma

que não me faça

morrer tantas vezes

como tantas vezes morri

que eu fique sossegado

deitado ali

num canto

não me mexa

não me canse tanto

durma

descanse

e sonhe

entretido

entre sonhos coloridos

entretanto

que eu mesmo

possa inventar o final

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 27/03/2008
Código do texto: T919576