Simples e Amargo

Eu,

que traduzo seus gestos

em confissões

Eu,

que vejo em tua máscara

o desenho de suas expressões

Eu,

que desvendo seus enigmas

em rimas e canções

Eu,

que sou teu amparo

em meio a tempestades e trovões

Eu,

que te descubro

em meio a multidões

Eu,

que sou teu carma

de outras gerações

Eu,

que te apedrejo e afago

em discussões

Eu,

que reflito

as dores de suas paixões

Eu,

que te tenho

mas não sou fruto de suas intenções.

Débora Castro
Enviado por Débora Castro em 27/03/2008
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