Rap de um filme triste!

O POST DO DIA 10 DE ABRIL de 2004, REPUBLICADO

Sim , após uma semana da morte da Telma, naquela noite de Sexta-feira santa, deste filme de terror repetitivo das ruas do Rio, republico aqui(*), após acabado, o que nomeei de rap, em homenagem à Telma, brava guerreira, linda esposa e mãe.

(*) referência a um post meu deito em um blog.

Vinda de BH para o Rio, perto do mar e da morte. Muita paz e luz agora para seu esposo e filhos, e para você, Telma, morta absurdamente. O tal traficante Lu foi pego, estão na caça do Du. Esperamos que peguem todos, e que a "sociedade zona sul consumidora " e também mantenedora do poder balístico dos traficantes tomem consciência. É, a verdade dói? Mas a verdade constrói também, e isso é o que como cronista e poeta eu pretendo, se possível me for, fazer quando escrever.

Alô Presidente, prefeitura, governo estadual e federal! Quando vão se sentar à mesma mesa, as polícias, e fincarem o pé contra este estado de coisas definitivamente?!

Leiam, e vamos cantá-lo um dia em protesto.

Rap da NOSSA PRAIA EM GUERRA

Violência nas ruas, esquinas, baladas.

Na beleza de um passeio em família,

ou entre amigos,

uma vida retirada,

num segundo de loucura, de susto, de horror.

O Terror está alí,

está aqui também,

na areia da praia que escolhi,

nos olhos de qualquer um,

na armadilha de governos que caí.

O Terror está alí,

está aqui também.

no bueiro da impunidade,

no bueiro da insanidade,

no bueiro insalubre da nossa

(I)responsabilidade.

Por isso...

Corre, que a metralha vem aí,

corre, que o lodo nos pegou,

Por isso...

corre, nosso filho vai viver,

corre, que o Deus vai proteger.

Por isso corre,

corre,

Por isso, pensa,

age,

Por isso espera um pouco,

deixa eu te olhar

pela última vez,

deixa eu te olhar

e contar que

"era uma vez"

O terror estava ali

estava aqui também!

O terror que nos abala,

se alimenta aqui também!

(Inspirado na Morte de Telma, na semana Santa de 2004, Rio de Janeiro, quando passeava com a família pela Zona Sul do Rio e a guerra dos traficantes "brilhava em nossos céus, apagando nossas estrelas e Luzes humanas")