Condicionante

Como se a vida se abrisse

Em portas sem trincos ou tramelas

Em veredas sem limites

Como se a alma sentisse

Os astros como sentinelas

Rondando e dando palpites

Como se a vida envolvesse

De encanto, poesia e torpor

O centro do coração

E eu nem me apercebesse

Que não havia amor

Mas apenas ilusão

Como se não houvesse a memória

E tudo fosse só uma história

Fruto da imaginação

Talvez, só talvez

Um rasgo de compreensão

Em foco de luz se apressasse

E de repente eu soubesse

Distinguir o que é paixão

Do que é estupidez...

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 29/12/2005
Código do texto: T91790