MEU CÁLICE DE FEL.
Um cálice de fel
Sorvido em vida
Cruel e lentamente
Amargando um viver
Que felicidade almejando
Vai tornando
De gole em gole
O pouco do homem
Que da vida foge
Platonicamente
Em busca do amor,
Num ser demente.
Sem Ter onde pôr
Os encantos que tinha
Na vida nascente
O faz em lembrança
Dos tempos que outrora
O fizeram feliz.
Na escolha da hora
Que hoje quis
O destino fazer
Num ser que não diz:
- Sou alcoólatra.
Faz-se um ser
Sem respeito
Um predicado
Sem sujeito.
( D'Eu )