MEU PESO

204 - MEU PESO

DE: MARCELO GUIDO

EM: 07.NOV.2000 ÀS 02:38:40H

P/: PATRÍCIA ARAÚJO

EM: Morada das ÁGUAS (Fonte Itororó) - CAMANDUCAIA/MG

HISTÓRICO: Tudo o que visualizei desmoronou por terra. Nada pode conter meu pranto magoado e nem confortar o ser que aprendeu a ser forte, um guerreiro solitário em meio às próprias convicções. Acreditar em quê? Se souberem, podem me avisar. Isso se eu ainda estiver íntegro para conceber à inteligência o dom belo do esplêndido recomeçar...

Meu peso dói no íntimo, bem por dentro

Fulmina toda minha esperança

Corrói o que de bom há no meu centro

E me oferta somente algumas escassas lembranças...

Que não regressam

Sendo, pois, conscientes de que meu sonho

Fez-se hoje e sempre um relicário de frágil absurdo...

Algo tal qual um insensível furto

Inconseqüente que, involuntário, lhe proponho

Como aquelas poesias que, no momento, nada mais expressam...

... Assim, ficam cravadas na alma estas feridas

Que não se vão, tornam-se caprichosos sacrifícios vãos

Que, fortuitas, concedem sofrimento para meu bondoso coração

Que num passado obteve amor e que agora nem a mais ordinária das despedidas.