Meu desatino
Não a sei, mas a sinto
Quem és ? Veja agora !
São lágrimas afloradas da alma
Dolorosas e desatinadas
É gesto repentino e sorrateiro
Que leva consigo o sorriso outrora doce
O enigmático olhar outrora fulgente
Novamente ela, e sempre ela
Se é que existe um novo
Se é que existe um sempre
Evidenciando a distância
A dos corpos, a do tempo
Só não a do pensamento
Trazendo tua lembrança
E como é boa tua lembrança !
Onde estás, além de aqui dentro de mim ?
É tua falta, portadora temporária
De teus sonhos, desejos
Por hora vencidos pelo tempo
Não pelo esquecimento
Saudades