A MAIOR DE TODAS

117 - A MAIOR DE TODAS (ACRÓSTICO 02/00)

DE: MARCELO GUIDO

EM: 27.MAR.2000 ÀS 16:43: 47H

P/: PATRÍCIA ARAÚJO

EM: CAMANDUCAIA/MG

HISTÓRICO: Desde 29.Set.1998 estavam hibernados os poemas escritos para Patty. Julguei que estava encerrada a saga, mas o sentimento que jamais se extinguiu retornou com força máxima configurada em cada canção de Michael Bolton que se fez o representante oficial dos nossos tempos em tempos primordiais, quando Marcelo Guido ainda não era o VAN LYRA: O Sagrado competidor Cultural e detentor do Master Lírio de Madrid. Outras paixões poderão ocupar minha casa sentimental e eventualmente tornarem-se novos amores. Contudo, meu coração amarzenará apenas suas verdades que já me provaram o quão fui estúpido em não lutar quando deveria tê-lo feito ou, então, por almejar batalhas que, em sinceridade, já estavam perdidas. Fui e continuo sendo ingênuo em crer que o tempo é paternal e redime seus pecados ao conceder a todos múltiplas oportunidades. Mas se não fosse por tais convicções, de que me adiantaria ser um poeta?

Pensei que meu sonho houvesse decretado sua extinção

Acreditando na inexistência do passado e errei...

Todas as crenças, enfim, foram desfeitas

Revelando-me a lógica que meu coração, teimoso, renegou:

Inventei musas, abusei das paixões

Concedendo a cada qual alguns dos traços seus

Inspirando-me o interlúdio do adormecido apogeu

Ao me recordar daquele tempo em que clamava por seu nome...

Sua sabedoria foi o que me bastou para o resguardo

Ao recriar uma saga que, para mim, jamais pereceu

Neste meu sentimento tolo que sempre a quis...

Todavia aquele seu adeus doeu-me como nada antes

O que me fez reinventar a fuga mera fictícia

Salvando-me do fulminante destino de saudade e destruição...

De que isso me importa, agora, nestas circunstâncias? Não sei...

Eu apenas sinto que ainda a amo e que isto jamais sucumbirá...

Ao que pressinto, esta será minha eterna sina:

Reverenciar com poesias a mulher que tem alma de frágil menina

Aventurando-me por trilhos desconhecidos apenas para adorá-la...

Única videira que almejei, integralmente, possuir

Juro ser aquele de outrora que sempre a venerou

O que em meus olhos, certamente, ainda saberá perceber...